Constrangimento

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Puro constrangimento

Sem saber o que fazer

Onde correr

Queria sumir

E não sentir o que está dentro de mim

Não posso deixar de sentir tristeza

Com essa situação

Que deixa-me sem direção

Queima

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Minha pele fria

Deseja urgente

Do banho quente
E abraço ardente

Para acelerar meu viver

Sem mais pensar

Já quero amor

Sem temor

Reencontro

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Primeiro Amor

Que decepção

Meu primeiro amor

Na adolescência fantasiei

Amor Platônico muito tempo ficou

Meu amor melhor amiga namorou

O que me restou foi com os dois conviver

Só muito tempo depois

Pude sentir

Seus lábios me tocar

Minha vida perturbar…

Muitos anos passaram-se

Agradecida estou

Por “fogueira” pular

Se outrora pudesse ver o futuro

Não teria sofrido

Pelo amor perdido

Amor adolescente

Quantas fantasias

Algumas refazia

Escrevia sem cessar

Descrevendo o que sentia

Era amor sem restrição

Que nascia no coração

Depois o reencontrei

Que susto tomei

Ainda bem que não me envolvi

Todo encanto passou

Percebi boa escolha eu fiz

Hoje sou mais feliz

Ultima Vez

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A última vez

Que falo que te quero

Que declaro meu amor

Que te cheiro

Que te fito

Que deito em teu peito

Que uso tua escova

Saio de cena por ser coadjuvante

Cansada de ser bajulada

Só porque tens medo que eu vá

E não por me amar!

Enraizar

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Criando raiz

Alimento pensamentos maus

Fincando dentre mim

Sentimento com lamentos

Que brotam a todo momento

Quero pensamentos mudar

Em outra coisa ocupar

Buscar o sorriso

Sei o que é preciso

Assim como no paraíso

Coisas boas acontecem

E todo o mal desaparece

Abrigo

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Busco abrigo
Inútil minha busca
Já dura muitos anos
Pensei ter encontrado lugar seguro
Foi encanto à primeira vista
Teus ganhos frondosos chamou minha atenção
Atirei-me sem nada retrucar
Na triste ilusão de encontrar

Meu porto seguro

Muito se passou...
Percebo as falhas em tua sombra
Que ao longo da vida foram podando
Tua beleza me encantou
Mas hoje já não queres mais minha companhia
Percebo pelos indícios que deixas...
Procuro por abrigo
Que já não podes me dar!

Movimento

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Em movimento
O vento lá fora

Vem me implora

Para que fique de fora

E vá embora

Me chama sem cessar

Me faz andar

Pra lá e pra cá

Não quero sair

Vou ficar aqui

Pertinho de te

Em movimento

Me reinvento

A todo momento

Meus pensamentos

Não querem lamento

Só sentimento

Em andamento

A todo momento

Guarado na Memória

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Guardo na Memória

O formato do teu olho quase oriental

O quase riso no canto da boca

Tua mão a tocar a minha

Em dia chuvoso na cama

A armação grossa de teu óculos

Fitos na tv

A imagem do quadro na parede

Os punhos da rede armada

O teto de teu quarto

As imagens de santo (a)s a enfeitar o ambiente

Um dia feliz de tantos outros tristes e felizes

Guardo na Memória esse momento

Por não seber se terei outros assim

Dias incertos chegam 

Como tempestades e ventanias

Como os dias chuvosos de agora

Fingir

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Não sei viver fingindo

Mentindo para melhor passar

Não sei dizer que amo ou gosto

Só para satisfazer pessoas

Não vale fantasiar

Passar a vida disfarçando

Dizer que vou alçar voou

E continuar com pé no chão

 Fica no chão quando têm que ficar

Brincar de faz de conta...

Não dar!